Otávio Nunes
Pouca gente sabe, mas Adolf Hitler tinha graves problemas estomacais e vez ou outra emitia seus puns. Soube desta curiosidade na biografia do führer escrita pelo historiador John Tolland - não sei se Tolland e é inglês, americano ou pernambucano, porque o livro não diz. São dois “tijolões” enormes, que juntos somam mais ou menos 1,2 mil páginas. Li de cabo a rabo. Se alguém quiser, eu empresto. Comprei num sebo, pois a editora do livro, a Francisco Alves, nem existe mais.
Voltemos a Hitler e seus gases. Tolland não diz, mas eu presumo que o führer tenha adquirido tais transtornos no duodeno porque era vegetariano e verduras e legumes podem levar à fermentação. O sujeito tornou-se natureba por volta de 1927, portanto seis anos antes de chegar ao poder.
Tolland narra um episódio ocorrido em 1933 ou 34, quando Hitler já era kanzler (chanceler), que é como se chama o primeiro-ministro na Alemanha. Aliás, até hoje. Por falar nisso, atualmente e pela vez primeira, no belo país das salsichas (um dia ainda vou lá) o chanceler é uma mulher, Angela Merkel. Curiosamente, a irmã mais velha de Hitler também se chamava Angela. A mais nova, Paula.
Pois bem. Já como chanceler, Hitler foi a uma cerimônia junto com o presidente alemão da época, o marechal Hindenburg. Este velho herói de guerra conseguiu segurar parte dos ímpetos autoritários de seu chanceler durante um ano mais ou menos. Após a morte de Hindenburg, que já passava dos oitenta, o führer toma o poder de forma ampla e irrestrita, com autoridade divina sobre o povo.
Em tal cerimônia, além da cúpula de governo (Hitler e Hindenburg) estavam também os parentes da antiga família imperial alemã, aquela dos tempos do kaiser. Uma das dondocas da antiga nobreza sentou-se ao lado de Hitler. No final do evento, ela comentou com outra pessoa: “Este homem fede”.
Será que a madame já estava prevendo o futuro?
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