Otávio Nunes
O ser humano é capaz de proezas das mais inimagináveis possíveis. A cada dia me surpreendo mais. Tem pessoas que pensam em ardilezas curiosas, sutis e, por que não, criativas para burlar o semelhante. Dias desses soube de duas pérolas na arte de enganar. Uma li no jornal e a outra foi relatada por um amigo. As histórias são verídicas, porém os nomes, fictícios. É claro que eu aumentei aqui, buli ali, mas não desfigurei as historinhas. Vamos à primeira.
Vanila é uma daquelas garotas que gostam de arrumar novas amizades pela Internet. Pois bem. Ela começou a “conversar” com um sujeito que dizia residir no interior, mas razoavelmente próximo à Capital. Esqueci qual cidade. Ela enviava fotos, ele também. E o desejo de se conhecer crescia de ambos os lados, a cada e-mail que trocavam.
Um dia, o rapaz se decidiu. Fez o convite a Vanila, que prontamente topou. Ele disse que viria tal dia e tal hora à Capital, mas traria sua irmã junto. “Minha mana conhece melhor a rodoviária e a cidade, pois, se eu for sozinho, posso me perder”, alegou o rapaz, no e-mail.
Tudo bem. Chegou o tal dia e Vanila acordou feliz. Afinal iria conhecer o rapaz bonito e inteligente, que viria à cidade para conhecê-la. Ao chegar ao local combinado, uma lanchonete na rodoviária, uma garota estava a sua espera. Era a irmã do rapaz. “Infelizmente, ele não pôde vir, mas eu estou aqui para conhecê-la”, disse a jovem. Bem, vamos aos finalmentes.. A “irmã” armara todo o plano para tentar alguma coisa com Vanila.
Ainda bem que nossa heroína era esperta. Quando percebeu o golpe e as cantadas da pretendente, deu no pé. É isso aí, gente. Acho que depois desse passa-moleque (ou “passa-garota”) a nossa jovem vai usar a Internet com mais juízo. Ou não. Sei lá.
A segunda historinha é mais curta e grossa, porém ainda mais esdrúxula. Beleide, nossa personagem, acordou com uma preguiça de gato velho. Tinha de trabalhar, mas precisava ir ao cabeleireiro, fazer compras e outros compromissos, os quais vinha adiando fazia semanas.
Nem precisou pensar muito e bateu a porta de seu vizinho, profissional colocador de gesso. É isso mesmo, gente. Beleide engessou o braço para não ir trabalhar. Não me perguntem os detalhes, como médico, atestado, quantos dias ficou enfaixada, que não sei. Só espero que o chefe dela note pela falta. Caso contrário, se ele não perceber...
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